tag:blogger.com,1999:blog-111723652024-03-23T18:28:07.300+00:00Alienação ZorzianaBLOG DE ZORZE ZORZINELISUnknownnoreply@blogger.comBlogger668125tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-36939545503332115292016-10-08T10:36:00.000+01:002016-10-08T12:08:06.816+01:00Rapsódia contemporal-conceptual - OU - Ya, Zé<div style="text-align: justify;">
Onde é que se liga aqui este megafone?... Ouçam: artigos pequenos e outros um pouco maiores com mais de 80% de mínima importância. O tapete, o cristal, os dourados. Ai, como são lindos os dourados! Os saldos! Ui, dEUS meu, já começaram? Pretexto. Vamos já, vamos já! Quero ver essa selectividade minimalista dos espaços decorados sem nada. Os dias da reinvenção. Presunção. Sei mais do que tu! Eu sim, sou especial. Antena e o tempo. Vem de onde? Massamá! E o que nos traz hoje? Venho cantar Celine Dion em português. Escolha ousada. E porquê a Celine? Ai, é simplesmente linda: sempre foi! Dias de festejo. Kizombada depois da lambada lambuzada ao seu tempo. 2 tempos. 4 tempos. Motores potentes. A tecnologia gritante. Si, cariñoooooo! Iphones, S8's, S9's, 5 Mini S´s. Fodeu! É assim que se diz? Depende do que queres dizer!? Quem? A mulher, o patrão, o empregado, a amante turbinada, o senhor do banco? Tenho certezas, tenho opiniões. Como diziam os outros, já sei namorar e beijar de boca e meter a língua e não sei mais o quê. Felátio. Hmmm, sabe a morango. Compraste com sabor? Não, é o meu novo gel de duche!"</div>
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<br />
<span style="font-size: x-large;">"(...) e o que nos traz hoje? Venho cantar Celine Dion em português. Escolha ousada. E porquê a Celine?"</span><br />
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<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJKBEjrox2UdHJSdPooEuTUO3b1s-zNSEjCCOOQdSPUS7a6cAMhxYRRzkAaLjzhssMhsvHmIZmBJxGbaMZ1R6P7L3UISa7OnB6wUA6obInB0l4E68VNDCvoWrvUZWpOOCFmQwX/s1600/sb10063411m-001.jpg" style="height: 320px; width: 660px;">
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</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-62609307002258066612016-09-23T20:22:00.002+01:002016-10-07T18:12:21.799+01:00O sENHOR e o dente d'ouro<div style="text-align: justify;">
Também eu vou morrer, meu sENHOR? Untai o meu ventre ressequido com água da verdade e benta de pureza. Abençoa o meu tablet 7 polegadas da Asus para que esta pobre alma possa dignificar teu glorioso nome. No outro dia reparei que tinhas um dente de ouro, mas deixei-o brilhar discretamente na escuridão do meu hall. "Mas o que faz dEUS no meu T2 e por que razão é tal e qual a minha cara?!..."</div>
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<br />
<span style="font-size: x-large;">"(...) no outro dia reparei que tinhas um dente de ouro..."</span><br />
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<img src="https://qzprod.files.wordpress.com/2015/04/povertykid.jpg" style="height: 320px; width: 660px;">
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</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-53825809928771623012016-01-12T18:29:00.001+00:002016-10-07T18:02:20.626+01:00688<div style="text-align: justify;">
Janeiro de 2016. Escrevi centenas de idiotices. Quilos de lixo. Produzi alguns ensaios dignos, também. Percebo hoje a distância. Onze anos passaram. O tempo dos 1001 disfarces terminou. A fantasia com barba por fazer. Ontem li o Siddartha de Hermann Hesse e o David Bowie morreu. Foi como juntar rum a uísque. Hoje, esta será, neste meu velho blog, a minha 688 idiotice.</div>
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<span style="font-size: x-large;">"(...) neste meu velho blog..."</span><br />
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<img src="http://history.sffs.org/i/films/1972/Siddharta.jpg" style="height: 320px; width: 660px;" />
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</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-62458587126311849482015-02-16T23:52:00.001+00:002016-10-07T18:05:11.176+01:00Amor licoroso<div style="text-align: justify;">
Quando te pedi água, amor, trouxeste-me um digestivo licoroso para degustar o fim da noite. O tabaco podia ser ordinário, mas a selecção era da melhor casta de palhas raras. Ah, que atordoo é este que vem depois do fumo que nos consome a boca? Na janela, o passante de cara desfocada e penso em fase apoteótica do sossego e da paz... "hmmm, tudo o que fica por detrás de um vidro não merece ser partido, mas apenas ficar do lado de fora; ali, no frio invernoso como um aquário de água fria". Neste meu conforto intraparedes, intramuros, intraverdade, intraderme, intra-arrumo é o som diminuído da televisão, o livro pousado no colo, o portátil a passar fotos e música, a tua ou teu moço, os mais bonitos do bairro, a concederem-te o sorriso das órbitas interplanetárias do amor.</div>
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<span style="font-size: x-large;">"(...) que atordoo é este que vem depois do fumo que nos consome a boca?"</span><br />
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<img src="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/ef/87/41/ef874179edd95d9ccf5d6b0a13d110a8.jpg" style="height: 320px; width: 660px;" />
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-22876625514958135032014-02-13T00:05:00.001+00:002016-10-07T18:08:09.349+01:00Esconderijo. <div style="text-align: justify;">
A chuva que lustra este alcatrão não tem o cheiro da terra molhada das serventias. Os ténis ensopados de água e lama. Procuro-te. Deslumbrado entre as amoras delicadamente retiradas às silvas silvestres. Imaginando. Fantasiando. Com a boca avermelhada de inocência. Para que possa seguir o meu regresso. E para que a essência, a minha, seja sempre feita aí.</div>
<div style="text-align: right;">
<br />
<span style="font-size: x-large;">"(...) amoras delicadamente retiradas às silvas silvestres."</span><br />
<br />
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<img src="http://www.lamayeshe.com/sites/default/files/06978_pr-1.jpg" style="height: 320px; width: 660px;" />
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-14994734472281144522013-11-11T23:15:00.000+00:002016-10-07T18:11:04.108+01:00A elasticidade estática.<div style="text-align: justify;">
No abstracto de exemplificações cerebrais muito nossas, eis que me surge a palavra "elasticidade" para descrever o que de mais intrigante existe em nós: sabermos, afinal, muito pouco da nossa abrangência e(ou) capacidade(s). Curiosamente, em tudo aquilo que julgamos ser mais capacitados - e onde jogamos charme de presunção - se apresenta como o que de menos elástico temos. Tal ou tais descobertas são avassaladoras e acontecem frequentemente. O melhor disto tudo é então entendermos que outra coisa que submetemos à área das nossas fragilidades é afinal um ponto forte que de nada serviu ser entregue a uma humildade "isauriana".</div>
<div style="text-align: right;">
<br />
<span style="font-size: x-large;">"A nossa evolução de inteligência enquanto indivíduos pensantes deve-se à descoberta da elasticidade em pontos nossos que julgávamos estáticos"</span><br />
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-36479191631611538872013-03-27T19:24:00.000+00:002013-11-11T23:05:33.745+00:00Só-a-fé.<div style="text-align: justify;">
A fé dos nomes. A fé de T-su. De X-y. Vindouros. Outras espécies em Novilíngua. Em transparência de afetos híbridos. Finas folhas de crepes vietnamitas. Bombardeadas pelo silêncio dos órgãos internos à vista dos olhos. Cérebro pojante e de cor pisada. Hiper funcional. Hiper depressivo. Cáustico em desmazelo. Inocente em maldade de já a ser parida. O olhar sem retorno. Retorno cogente e desesperado do nada. O nada. A fé dos nomes. A fé do futuro. A fé, por si só. Isolada. Só. A fé de G-o. De E-y. Jantar à luz de leds. Vitaminas e suplementos. Miúdos robotizados em entradas USB, BSU, SUB e variantes afins sem fim. O caos da morte em vida. O Futuro. A fé morta. Reincarnada, reinventada. Por si. A fé: só! É para viver. Agora. Já. Enquanto há beijo. Enquanto nos esvaímos em sangue, suor, sémen, lágrimas. A fé da vida. A fé do amor. A fé de gostar. Para morrermos no gáudio de não chegarmos lá vivos.</div>
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<br />
<span style="font-size: x-large;">"A fé de G-o. De E-y. Jantar à luz de leds. Vitaminas e suplementos. Miúdos robotizados em entradas USB, BSU, SUB e variantes afins sem fim"</span><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<img src="http://www.filemagazine.com/thecollection/archives/images/DSC00446-1.jpg" style="height: 450px; width: 650px;" />
</div>
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Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-40312439386955237342013-02-01T18:49:00.003+00:002013-02-01T19:10:19.229+00:00Desdobrando o amor da vida no nada.<div style="text-align: justify;">
A ORIGEM. A infinitude das galáxias. Nós: Ao tamanho do nada. O AMOR. As orgásticas supernovas. Nós: Ao abraço de uns e outros. A VIDA. Os delírios dos meteoritos. Nós: A sonharmos o conforto do colo. A RAZÃO. A radiação cósmica. Nós: Ainda por aqui a orar a sorte...</div>
<div style="text-align: right;">
<br />
<span style="font-size: x-large;">"Obrigado por me deixares experienciar o teu mistério microscópio, dEUS"</span><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<img src="http://www.filemagazine.com/thecollection/archives/images/REM.jpg" style="height: 450px; width: 650px;" />
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Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-67733178075100841482013-01-30T18:40:00.002+00:002013-01-30T18:40:51.660+00:00Um minúsculo ensaio sobre amor.<div style="text-align: justify;">
Caíram lágrimas de ferro no rapaz de água. No choro, a ferrugem que se seguiu. No ataque corrosivo em si. No inverso, anverso e no contrafeito. Reinventou outro tecido para si. No cuidado crestar da sua transparência. Na regeneração de outra pele de fé. Em vidro aramado com o menos de se expor. O amor abraçou-o enjeitando resistência à sua força. Deu-se então a ela. Aferrando-lhe o seu lado de dentro. O espaço que sempre esperou por si.</div>
<div style="text-align: right;">
<br />
<span style="font-size: x-large;">"(...) pele de fé. Em vidro aramado com o menos de se expor"</span><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<img src="http://www.filemagazine.com/thecollection/archives/images/thepath.jpg" style="height: 450px; width: 650px;" />
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-46914331189866573312013-01-15T17:35:00.000+00:002013-01-15T17:37:22.181+00:00O maravilhoso mundo do atordoamento alcoólico.<div style="text-align: justify;">
"(…) Bon voyage mon grand ami! Une grande année pour vous!” ou qualquer coisa assim do género. Mas há mais pérolas do meu vizinho alcoólotra aquando das chegadas tardias ao meu poleiro. "Este Mercedes é do caralho, foda-se, motores que nunca mais terminam, ó caralho, fooooda-se!". "Ui, c'um caralho", penso: o gajo está todo fodido outra vez! Do último encontro vale-me uma boa trincadeira alentejana, é certo... A garrafa foi uma bela oferenda depois de provas sucessivas de uísque velho na sua casa - afinal, essa é, como referiu, a sua principal especialidade! <span class="" id="result_box" lang="fr"><span class="hps">"Oh</span> <span class="hps">mon grand ami</span><span class="hps">,</span> <span class="hps">maintenant</span> <span class="hps">je vais vous montrer</span> <span class="hps">ces armes</span> <span class="hps">venus d'Afrique</span></span>". "Oh foda-se", como que em dom de adivinho, "este gajo vai dar-me um balásio e eu vou deixar de ver o meu mundo sóbrio". Ainda por cima vai matar-me em francês e podre de bêbado... Mas não. Segui-se apenas um "bom, vizinho, vou mesmo ter que abalar...".</div>
<div style="text-align: right;">
<br />
<span class="" id="result_box" lang="fr" style="font-size: x-large;"><span class="hps">"Oh</span> <span class="hps">mon grand ami</span><span class="hps">,</span> <span class="hps">maintenant</span> <span class="hps">je vais vous montrer</span> <span class="hps">ces armes</span> <span class="hps">venus d'Afrique</span></span><span style="font-size: x-large;">"</span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<img src="http://www.filemagazine.com/thecollection/archives/images/bicyclingonthemoon.jpg" style="height: 450px; width: 650px;" />
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-44194300455714218792012-12-09T01:06:00.002+00:002012-12-09T01:07:49.131+00:00O meu amigo dEUS.<div style="text-align: justify;">
Quando dei por mim a ter voz de raciocínio e com o intuito próprio de poder esbarrar em dEUS, várias por vezes sem conta, insultei-o. Ou o sENHOR achou graça à minha postura insinuante ou não teria ele agora abençoado este pobre Zorze Zorzinelis com tudo aquilo o que ele sempre quis. Com o amor de gente tão boa à minha volta e com os fantasmas eliminados por fim, digo-te isto pela primeira vez e bem sentido, meu caro amigo: "Obrigado, foda-se! És do caralho!" Isto, mesmo que por vezes me tenhas sodomizado ao melhor estilo do Rocco Siffredi, mas reservaste-me esta felicidade imensa de estar aqui entre as tuas marionetas orgânicas e sentimentais. Viver é bom e não me queixarei mais, pá! <br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-large;">"</span><span style="font-size: x-large;">Obrigado, foda-se! És do caralho!"</span></div>
</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<img src="http://www.filemagazine.com/thecollection/archives/images/hatter.jpg" style="height: 450px; width: 650px;" /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-37005284668825788422012-11-14T18:19:00.003+00:002012-11-14T18:23:25.199+00:00A massa do intraderme.<div style="text-align: justify;">
O apressado enrolar de nós emotivos nas entranhas do que somos, como a intraderme em choque na feira das luzes, dos cheiros de uma mostra de espécimes passantes, dos holofotes ordinários e do algodão doce. Assim para o desfocado de um tempo que é uma graça com óculos de massa. Existe e acumula-se aos poucos como a certeza de beijarmos o pueril e entontecedor sentido de não estarmos cá amanhã. Fino-me, mas bebo para ver torcido ainda o curvilíneo das tuas apófises cervicais e o cheiro armagedónico de tesão que o acompanha. Nas cores que pairam acima da minha enorme cabeça, há aquelas que obedecem a pantones, as subservientes e as outras que se confundem eternamente numa mistura laboratórica, demente e infindável de desejos químicos. A+B+C são as primeiras letras do abecedário; mas o Z de Zorze e de Zorzinelis é a última. Finita e genuína. Um chegar de meta onde a letra e o homem reencontram-se finalmente, e em paz, para estourar uma outrora semente magnífica em fase geriátrica.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-large;">"(...) um tempo <span style="font-size: x-large;">-</span> este!<span style="font-size: x-large;"> -</span> que é uma graça com óculos de massa"</span></div>
</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<img src="http://www.filemagazine.com/thecollection/archives/images/2631109755_0e756069ca_o.jpg" style="height: 450px; width: 650px;" /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-55837886977622183162012-09-22T00:34:00.004+01:002012-09-22T00:36:29.121+01:00Ensaio sobre um cantor com demência degenerativa e alguma fonética dadaísta pueril, mas preocupante.Queria aproveitar este momento para dedicar esta canção a todos aqueles que... hmmm, esperem, peço-vos desculpa. Não consigo cantar agora. Quero ir ali aos subúrbios da cró té jui toi pio ter chá ir só jui oi oi oi ti lim lim...<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<img src="http://www.filemagazine.com/thecollection/archives/images/Dragonfly-Sunset.jpg" style="height: 450px; width: 650px;" /></div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-24498326801652189302012-09-11T00:15:00.001+01:002012-09-22T00:42:03.066+01:00Gaguez emotiva. Sr. Crescêncio: Ganhei o Euromilhões. Estou mi, mi, mi, mi, mi...<br />
Funcionário: ... lionário!<br />
Sr. Crescêncio: Mi, mi, mi, mi, mi, mi...<br />
Funcionário: ... lionário!<br />
Sr. Crescêncio: Mi, mi, mi, mi, mi, mi...<br />
Funcionário: ... lionário, meu caro amigo!<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-large;"> "Mi, mi, mi, mi, mi, mi..."</span><br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=NvYxFX-gC-U" target="_blank"><b>AQUI</b></a><u><b> </b></u></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<img src="http://www.filemagazine.com/thecollection/archives/images/graham1.jpg" style="height: 450px; width: 650px;" /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-42302516347399101052012-09-07T01:35:00.000+01:002012-09-22T00:40:54.142+01:00Você anda desparecido - OU - Ensaio e variações com "Você".Versão 1: - Ele anda desaparecido. - Quem? - O Você!<br />
Versão 2: - Eu? - Não, o Você!<br />
Versão 3: - Você anda desaparecido! - Não, porque acabei de me encontrar com o Você!<br />
Versão 4: - Você anda desaparecido! - Por que diz isso? Tenho estado por cá.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-large;">"Você, Você, seu maroto! Com que então, anda desparecido?" </span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<img src="http://www.filemagazine.com/thecollection/archives/images/Gustine,-CA.jpg" style="height: 450px; width: 650px;" /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-42050684027673745232012-07-10T14:48:00.000+01:002012-09-22T00:41:05.377+01:00Homem-Cão.<div style="text-align: justify;">
Pobre dos cães que cheiram os resquícios perfumados oriundos da cozinha do prodigioso cozinheiro. Cá dentro, o Relvas. Teve equivalência a 32 disciplinas. Da minha mesa vejo um (fantoche) director da universidade a defender o miserável traste: “blá blá blá” mais a p$ta que o pariu. Passou na televisão – uau! Mandei f$der a perversidade destes cabr&es todos. Cá fora, os cães. Na ânsia-inocente de mãos carinhosas no pelo rafeiro. Reconforto no animal pelo homem. Reconforto no homem pelo animal. O vinho em meia dose antes do litro. O homem que deveria ser antes do que depois do animal. Evoluímos demasiado... O nosso lugar comprometido nestes provincianos meneios pensantes. Seríamos dignos enquanto cães. Antes de “relvas” e afins verdejantes envenenados. Não há pachorra senão para eles cá fora: os cães. Bichos verticais. Erguidos. Magistrais. Absolutos. Não em linhas tortas, sem a sonoridade perversa-abafada-camuflada, mas estrepitante da m%rda em que muitos de nós se tornaram. A ti, cão; foda-se: és o maior! Maior do estas mãos que te amaciam o pelo e a tua doçura animal.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-large;">"Reconforto no animal pelo homem. Reconforto no homem pelo animal. O vinho em meia dose antes do litro." </span></div>
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span lang="EN-US"><img src="http://www.filemagazine.com/thecollection/archives/images/MWALAT_120601075.jpg" style="height: 450px; width: 650px;" /></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-74413800298511032152012-06-15T15:22:00.000+01:002012-07-10T15:23:52.055+01:00O ser fonético.<div style="text-align: justify;">
Nhó nhó. Crim crim. Blum blum. Ah, ah. Exercícios fonéticos. Éticos, éticos. Split, split. Ah, foda-se, estou à rasca para ir dar uma mijinha… Esta cena pseudo-qualquer-coisa já continuamos daqui a pouco. Agora tenho de descarregar este meu eu interior para o meu eu exterior… Nhó nhó. Crim crim. Blum blum. Ah, ah. Exercícios fonéticos. Éticos, éticos. Split, split. Ah, foda-se, quem é apagou a luz, ó caralho?!<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-large;">"Éticos, éticos. Split, split." </span></div>
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span lang="EN-US"><img src="http://www.filemagazine.com/thecollection/archives/images/matts-head-file.jpg" style="height: 450px; width: 650px;" /></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-30816192269295059682012-05-22T15:38:00.000+01:002012-09-22T00:41:13.069+01:00Sou uma cãibra.<div style="text-align: justify;">
Sou uma cãibra. Que espreita intraderme, inchando e que
magoa. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Peço pressão para aliviar. Alguém que tenda a sufocar-me junto dos
músculos e da lógica. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sou um chato. Que não se alinha, resmungando e que incomoda.
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não peço nada. Alguém que queira apaziguar-se junto da
estupidez alheia. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sou um morto-vivo. Que aceita a morte, mandando tudo para o
caralho. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Peço inteligência. Alguém que já não se incomode com a fraca
elasticidade mental dos bichos. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sou uma bandeira. Que se inunda em cores, negando qualquer
preconceito. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não peço muito. Alguém que se sente à minha frente, invocando humildade forçada. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-large;">"A minha única esperança é finar-me alcoolizado e cheio
de amor por todos"</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span lang="EN-US"><img src="http://www.filemagazine.com/thecollection/archives/images/Demon-Drome-%2810%29.jpg" style="height: 450px; width: 650px;" /></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-377854700184683512012-04-09T15:42:00.000+01:002012-07-10T15:46:22.340+01:00O Salvador (do nada).<div style="text-align: justify;">
Os cavalos lindos relincham: “Isso cavalinho do pai, relincha como um rouxinol. Relincha à vontade aqui para o Salvador porque tens ganas de dançarino na tua raça andante. A propósito, alguém viu aí o meu iPhone a relinchar, também?” Gargalhada generalizada. A saber: o Salvador é a alegria do clube! “E no domingo sempre vamos ver o nosso grande Belenenses?”. “Sim(!)”, grita em uníssono os amigos e familiares num orgulho estridente. Uma vez mais, a sublinhar, o Salvador tem qualquer coisa muito especial. Ai, sei lá, um talento de ser quem é. Bem-haja, Salvador. </div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-large;">"Quanto mais nobre é o génio, menos nobre é o destino. Um pequeno génio ganha fama, um grande génio ganha descrédito."
<b> </b></span><br />
<span style="font-size: small;"><b>(Fernando Pessoa) </b></span></div>
<b> </b>
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<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span lang="EN-US"><img src="http://www.filemagazine.com/thecollection/archives/images/7935.jpg" style="height: 450px; width: 650px;" /></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-28212864257143345142012-03-04T22:47:00.010+00:002012-03-04T23:43:09.990+00:00a-vida-em-son(h)o.<div style="text-align: justify;">(...) a vida no reboliço dos ponteiros. no mastigar do chão, no vaivém de acertos, de correctores, do que se deixa lá albergar.<span style="font-size:100%;"> fechar mão de (...); abrir outra: perder para não guardar. abrir mão de (...); fechar outra: guardar para não perder. lógica de cálculo. cômputo mecanográfico orgânico. partículas de(o) nada. sonhos. realidades paralelas. desdobramentos astrais. a vida mais longe, mais profunda, mais pueril em dor. analgésicos. calmantes. cosmos ou um simples sofá-cama. dormir, por fim, adormecer. o son(h)o da vida. a vida em son(h)o. </span><br /><br /><div style="text-align: right;"><span style="font-size:180%;">"fechar mão de (...); abrir outra: perder para não guardar. abrir mão de (...); fechar outra: guardar para não perder"</span><br /></div></div><br /><div style="text-align: center;"><img style="width: 650px; height: 450px;" src="http://www.filemagazine.com/thecollection/archives/images/shadowcabin.jpg" /><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-40605835865272070642012-02-16T17:41:00.002+00:002012-02-16T17:50:23.138+00:00O torniquete.<div style="text-align: justify;">Se tomasse um batido de comprimidos agora antes do jantar, sei que virias em meu auxílio por breves momentos. Depois, desceríamos a rua para tomar café no Chico e comprava-te um bolo de chocolate para te adoçar de vez. Se a minha doença fosse maior, talvez crónica, tu estarias ao meu lado a adormecer-me do destino. Só que te fartarias novamente de mim: sei que sim! E se, lembro-me agora (!), escrevesse um livro ou pisasse um palco maior, tu dar-me-ias os teus olhos “atacâmicos” outra vez? Por agora, na tua corrida louca pelo dia pelo dia, deixando-me sempre a longos metros do torniquete, gritas-me do outro lado com a tua doçura megafónica: “Zorze, tens estado a tratar das frieiras e de ti?”<br /><br /><div style="text-align: right;"><span style="font-size:180%;">"Se a minha doença fosse maior, talvez crónica, tu estarias ao meu lado a adormecer-me do destino"</span></div></div><br /><div style="text-align: center;"><img style="width: 650px; height: 450px;" src="http://www.filemagazine.com/thecollection/archives/images/0013rkdf.jpg" /></div>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-61329480339449516522012-01-10T16:33:00.001+00:002012-01-10T16:39:54.925+00:00O preciosismo do amor.<div style="text-align: justify;">O preciosismo. Cirurgia de afectos. Veias, articulações e o nervo ciático esmagado a formigar-me os pés voadores. Pequenas incisões de amor, largos derrames de perda. Rios de sangue-sangue lacrimoso. O esmagador desejo de ter crónica a tua presença. Coses-me contigo lá dentro. Nas entranhas, no fundo do que não volta a nascer. O amor numa lógica orgânica e descontrolada.<br /><br /><div style="text-align: right;"><span style="font-size:180%;">"Pequenas incisões de amor, largos derrames de perda"</span></div></div><br /><div style="text-align: center;"><img style="width: 650px; height: 450px;" src="http://www.filemagazine.com/thecollection/archives/images/girlinspace2.jpg" /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-41977791475043046002011-11-30T19:16:00.002+00:002011-11-30T20:01:34.317+00:00a minha morte nas tuas articulações.<div style="text-align: justify;">A viagem ficou pelo embate na autoestrada. A chapa contraída nas nossas armações intraderme, numa despedida abrupta a dois. Inconscientes no delírio da raiva e do desespero, segue-se um último adeus afectuoso numa majestosa gare de destinos. Mesmo morrendo assim nas tuas articulações, no teu coração que um dia me albergou, ver-te-ei com a tua mochila bonita e rosa nas costas. A entrares no comboio e a dizeres apenas: "... agora tenho de seguir viagem, Zorze".</div><br /><div style="text-align: right;"><span style="font-size:180%;">"(...) um último olhar de adeus afectuoso numa majestosa gare de destinos"</span><br /></div><br /><div style="text-align: center;"><img style="width: 650px; height: 450px;" src="http://www.filemagazine.com/thecollection/archives/images/3201896393_80160b622a_o.jpg" /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-14426308994033058202011-11-23T18:50:00.000+00:002011-11-23T18:51:16.497+00:00O "não-saber-sabendo-se".<div align="justify">O não-saber-sabendo-se é saber-se. Porque vejo tanto saber sem se saber que me dou a olhar para um enorme circo. As vítimas, nós, por não sabermos que, afinal, o não-saber-sabendo-se é saber-se. E embora ninguém o saiba de verdade, alguns de nós - poucos -, sabem... pelo menos, o suficiente.<br /></div><br /><div align="right"><span style="font-size:180%;">"(...) alguns de nós - poucos -, sabem...)</span> </div><p align="center"><img src="http://www.filemagazine.com/thecollection/archives/images/polaparts_01.jpg" height="450" width="650" /></p><div align="left"> </div><p></p>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11172365.post-65859033103750413742011-11-16T14:37:00.008+00:002011-11-16T20:32:17.116+00:00Olha, vi um pássaro gigante e colorido no céu...<div style="text-align: justify;">Dualidade fodida de vontades, entre a despedida tranquila e a apoteótica-'armagedónica'. Sinto-me o craque do balão que já tem poucas pernas para ser o mesmo box-to-box, mas por outro lado, além da vontade de beijar em jeito de despedida a grama, o desejo de ser director desportivo de uma maturidade conseguida abruptamente, ao sabor da vontade, do romantismo e da fé. Consegui ser tanto "eu" que agora sinto cumprido o dever e o meu propósito por cá, seja o que isto for. Exijo apenas o seres "tu" e o seres "vós" como nunca. E como nunca, sinto-me mais só. Comigo mesmo, numa relação de reinicialização e de amor fragmentado. "Deixa estar que eu apanho do chão, meu querido", digo a mim mesmo com a mesma dose de carinho de sempre, de desilusão, todavia de esperança. Vou conseguir juntamente comigo. E se não o conseguir - se ficar pelo caminho... -, ficarei convosco no coração onde quer que me desfaça.<br /><br /><div style="text-align: right;"><span style="font-size:180%;">"Consegui ser tanto "eu" que agora sinto cumprido o dever e o meu propósito por cá, seja o que isto for. Exijo apenas o seres "tu" e o seres "vós" como nunca"</span><br /><span style="font-size:180%;"><br /></span><div style="text-align: center;"><span style="font-size:180%;"><img style="width: 650px; height: 450px;" src="http://www.filemagazine.com/thecollection/archives/images/3737785-R1-041-19.jpg" /></span><br /></div><span style="font-size:180%;"></span></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0