Pepe Frank, meu querido amigo

Ainda imberbes testemunhámos o peso dos nossos sonhos. E eram tantos, afinal. Foi com franca tristeza que te vi segurar o rebento e, tão desajeitado como sempre foste, a mochila colorida da tua mulher: a única peça a destoar do teu corpo cada vez mais magro e sem alegria. Vi-o nas covas do teu rosto revelador, nesse sorriso que já não faz sorrir ninguém. Contrair-me-ei em penosas dores de alma. Há uns anos éramos putos, cheios de esperança. Se bem que eu continue a ser um sonhador imbecil, é para ti que olho com comoção. Foda-se, Pepe, o que raio nos aconteceu, puto?

Comentários

  1. Ao Pepe não sei, que não conheço... mas a ti aconteceu que estás cada vez melhor como o vinho do Porto!

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  2. Oláááááááááá...!!! Sim senhor...

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  3. Talvez seja um princípio demasiado agostiniano, se possível for que alguma vez haja Agostinho em demasia:
    Tentemos perceber, a custo, bem sei, se as transformações que vemos nos outros não serão reflexo das nossas próprias!
    Não colocar esta hipótese não seria hipocrisia! Seria apenas ignorância científica! É que todos sabem (ou deveriam) que só retemos as imagens depois destas estarem reflectidas na nossa retina. E pode ser daí que parte o mal...

    Não é uma crítica, amigo! É um empurrão para abrir a yálma! O melhor da vida não vem facilmente!

    E se eu sei que tu pensas que amigo teu é quem te passe paninhos quentes! Not me, bro! I'm gonna make you a man!

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