O jazz puro e bem duro...
De olhos bem fechados, poderia contar a vida de Thelonious Monk, Charlie Parker, Dizzy Gallespie ou Art Blakey. Quanto ao jazz, garantiria que assenta na simplificação da música - é a mais pura das verdades! E tudo isto para dizer o quê? Bom, é simples! Considero que grande parte dos eternos aprendizes deste registo metem dó à humildade e tocam somente para o embalo do ego. Descobri a pólvora quando estudei música com uma série de virtuosos executantes de standards; descobri quando me pediram para desligar a guitarra em pleno combo; descobri quando resumiram o trabalho da Björk a pura poia de cão; descobri com as sacanices, invejas e puro gozo. Todavia, há os bons das notas e ainda bem! Com algum ressentimento a visitar-me de vez em quando, sobretudo quando toco na garagem com outros boémios da música, dou por mim a deixar de avaliar tudo o que faço e o que toco. Finalmente, o "trabalhinho", como outrora lhe chamava, acabou!!! Agora só quero pedais de efeitos, cerveja e muita erva melódica e harmónica a circular, isto à medida que me perco, literalmente, nos trastes da guitarra. De que vale sonhar entrar num círculo se não temos o talento e o tempo necessário para o conseguirmos? É por isso que elevo a palavra CURIOSO quando me refiro aos anónimos que procuram a criação artística. Esses anónimos que carregam toda a vida a mesma cruz: os mil e um projectos que morrem sofocados pelo maldito cordão umbilical. E os anos continuam a passar... Ser CURIOSO de qualquer coisa é, meus amigos, uma forma menos dolorosa de dizer tão simplesmente isto: "Caralho, não consigo chegar lá!"
Ou o mesmo será dizer, eu diria de uma forma mais alienada, "eu desisto!" ;)
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