Sou um algarismo pequeno para ti!
Quando a puta da dor de cabeça supera a vontade de acabar o dia. Quando o trabalho traduz o guito e o guito não nos sugere nada para atenuar o puto do tédio. Religiosamente, o mesmo olhar para as horas sem dar tempo de iludir a memória. Lá fora, a vida vai sendo adiada – aliás, incessantemente! Até ao rodar do torniquete, sou mais um número situado na ordem dos milhares; extramuros, sou um algarismo pequeno para ti; encurtado com o interagir das nossas vontades. Por vezes, somos só o 2… Mas atrás do torniquete, o cômputo é elevado e sou absolutamente irrelevante para quem de perfil megalómano.
"Quando o trabalho traduz o guito e o guito não nos sugere nada para atenuar o puto do tédio"
número na ordem dos milhares, mais uma roda dentada na engrenagem da vida, mas sem a qual o mundo não seria o que é. há sempre alguém que consegue ver para lá dos algarismos e números e captura a essência de quem somos. e quando temos sorte, também nós somos capazes de o fazer com a outra pessoa.
ResponderEliminarTão certo como 1+1 serem 2, e 2+2 serem 4... todavia, essa "essência de quem somos" permanece em eterno tubo de ensaio para nós próprios, logo imaginem para os demais...
ResponderEliminarE para terminar, acredito que a falta de tempo será sempre "A" desculpa do ser humano para adiar a inadiável vida lá fora. É "morrer na praia", é como perder o nascer do sol às 6:00 seguido de um mergulho como viémos ao mundo, basta levantar o cú da cama mais cedo...
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