Vestígios de um ensaio sobre um robe escarlate.



Devias olhar-me agora. Não te consigo precisar há quantos dias me alimento da ração dos teus gatos e quantas castas suculentas provei da tua garrafeira. Tínhamos o nosso quarto soalheiro sempre descoberto e uma vontade infinita de nos amarmos. Eu, sem nunca me querer vestir, e tu, no teu robe escarlate, sempre procurando um pretexto para o arrastares pelo chão. O teu robe escarlate, o mesmo que vestias criteriosamente após a primeira queca, cobria o teu corpo magro e esguio acima dos joelhos. Com o desvelo habitual, desenlaçava o cinto igualmente doce que o prendia, contrariando o teu batimento cardíaco. Já libertos do frenesim inicial do sexo desajeitado, descobríamos enfim um jeito para nos virmos.

Comentários

  1. Humm, me deu vontade de fazer umas coisinhas depois de ler esse post rsrsrs...mas enfim eu sublimei e a primeira coisa que fiz foi comentar aqui rsrs...um robe escarlate, muito interessante rsrs... GOSTEI MUITO MESMO!!!

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  2. Tu desculpa lá... o robe até combina com a vista deslumbrante, não admira nada a excitação mas... essa cama é um bocado pirosa, não é?!

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  3. solarengo

    do Lat. solu, solo
    adj.,
    relativo a solar (casa nobre);
    s. m.,
    senhor do solar;
    o serviçal ou lavrador que vivia no solar.



    soalheiro

    de soalho < Sol
    adj.,
    diz-se do lugar exposto ao Sol;
    s. m., fam.,
    reunião de pessoas ociosas a falar na vida alheia, habitualmente sentadas ao Sol.

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  4. Oh Zorze... Andas a comer a Mãe Natal?!...

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  5. olhe sinhôre aliénado: mandei ca vir uma senhora para mudar esses lençois... e pedi-lhe tb para trazer um cobertorzito q agora as noites põem-se frias... senão isto tá uma pobreza... não sei onde andam com a cabeça... o tempo que vocês passam ai nessa cama começa a deixar-nos agitados... bom mas adiante...

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