Sou uma cãibra.
Sou uma cãibra. Que espreita intraderme, inchando e que
magoa.
Peço pressão para aliviar. Alguém que tenda a sufocar-me junto dos
músculos e da lógica.
Sou um chato. Que não se alinha, resmungando e que incomoda.
Não peço nada. Alguém que queira apaziguar-se junto da
estupidez alheia.
Sou um morto-vivo. Que aceita a morte, mandando tudo para o
caralho.
Peço inteligência. Alguém que já não se incomode com a fraca
elasticidade mental dos bichos.
Sou uma bandeira. Que se inunda em cores, negando qualquer
preconceito.
Não peço muito. Alguém que se sente à minha frente, invocando humildade forçada.
"A minha única esperança é finar-me alcoolizado e cheio
de amor por todos"
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