A massa do intraderme.

O apressado enrolar de nós emotivos nas entranhas do que somos, como a intraderme em choque na feira das luzes, dos cheiros de uma mostra de espécimes passantes, dos holofotes ordinários e do algodão doce. Assim para o desfocado de um tempo que é uma graça com óculos de massa. Existe e acumula-se aos poucos como a certeza de beijarmos o pueril e entontecedor sentido de não estarmos cá amanhã. Fino-me, mas bebo para ver torcido ainda o curvilíneo das tuas apófises cervicais e o cheiro armagedónico de tesão que o acompanha. Nas cores que pairam acima da minha enorme cabeça, há aquelas que obedecem a pantones, as subservientes e as outras que se confundem eternamente numa mistura laboratórica, demente e infindável de desejos químicos. A+B+C são as primeiras letras do abecedário; mas o Z de Zorze e de Zorzinelis é a última. Finita e genuína. Um chegar de meta onde a letra e o homem reencontram-se finalmente, e em paz, para estourar uma outrora semente magnífica em fase geriátrica.

"(...) um tempo - este! - que é uma graça com óculos de massa"

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